A Baliza em campeonatos

Uma boa baliza pode ser o toque de classe na apresentação de uma banda. Mas, mesmo que seu desempenho seja impecável, se sua atuação não for integrada ao todo, poderá ter efeito negativo sobre a parte musical.


O conteúdo da apresentação: antigamente, a apresentação de uma baliza era basicamente atlética; o seu perfil era o de uma ginasta de solo. Posteriormente, as coreografias foram ficando mais elaboradas e começaram a incorporar elementos do balé. Atualmente, acrescentou-se a expressão corporal. Assim, o perfil de uma baliza hoje é o de alguém que consegue ser, ao mesmo tempo, uma ginasta, uma bailarina e uma atriz.

Em relação aos concursos, o importante é que tudo o que for feito pela baliza esteja integrado à apresentação musical da banda. Isso pode parecer simples num primeiro momento, mas, para que aconteça realmente, precisa de um cuidado especial na elaboração de sua coreografia.

Com um simples exemplo, pode-se compreender o que seria essa integração ou a falta dela: é comum, em trechos musicais lentos e suaves, onde a música convida à reflexão, as balizas executarem seqüências, que pela habilidade e expressividade, levam o público quase ao delírio, justo quando ele deveria esta ouvindo a banda. Às vezes, o entusiasmo provocado no público por uma baliza é tamanho que sua ovação chega a encobrir o som da música.


Todos desejam seus instantes de glória, mas, para isso, não é preciso encobrir o trabalho dos outros.

Basicamente, para se ter equilíbrio entre coreografia e música, podese utilizar os trechos lentos e em piano para seqüências que enfatizem as habilidades expressivas da baliza; já as habilidades da ginasta e da bailarina precisam, normalmente, de trechos mais rápidos e fortes.

Quanto mais bem-cuidada for essa relação, tanto maior será o impacto expressivo sobre o público.

Angelino Bozzini

Publicado na Revista Weril n.º 139

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